sábado, 9 de julho de 2011

Andamento do Cavalo

São quatro os andamentos naturais dos cavalos, Passo, Trote, Cânter (meio galope) e Galope. Existem também andamentos adquiridos por adestramento.


O Passo: É o andamento natural, a quatro tempos, marcado pela progressão sucessiva de cada par lateral de pés. Por exemplo (trataremos como mão esquerda, mão direita, pé esquerdo e pé direito), se o passo começar com o pé esquerdo, a seqüência será a seguinte: pé esquerdo, mão esquerda, pé direito, mão direita.
     No passo calmo, os pés tocam o solo a frente das pegadas feitas pelas mãos. No passo ordinário, os passos são mais curtos e mais elevados, e os pés tocam o solo atrás das pegadas das mãos. No passo alongado, os pés tocam o chão antes das impressões das mãos. No livre, todo o esquema é prolongado.




O Trote: É o andamento simétrico, a dois tempos, marcados em que um par diagonal de pernas toca o solo simultaneamente e, depois de um momento de suspensão, o cavalo salta trocando para o outro par diagonal. Por exemplo: no primeiro tempo, a mão esquerdo e o pé direito tocam o solo juntos (diagonal esquerda), no segundo tempo, a mão direita e o pé esquerdo pisam juntos (diagonal direita). 
     No trote, o joelho jamais avança à frente de uma linha (imaginária) perpendicular tirada do topo da cabeça do animal até o solo.




O Cânter: É um andamento a três tempos, em que o cavalo avança com a mão direita quando gira para a direita e vice-versa.  A seqüência de pisadas que dão as três batidas rítmicas no chão são: (iniciando com a mão direita) Pé esquerdo, esquerda diagonal (em que as mãos e o pé esquerdo, tocam o solo simultaneamente) e, por fim, mão direita - dita "de guia". 
     Quando o cavalo tenta virar para a esquerda avançando com a mão direita, portanto, a do lado de fora no movimento, é chamado um "avanço falso" ou cânter com a perna errada.






O Galope: É o mais rápido dos quatro andamentos naturais. Um andamento a quatro tempos, sofre variações na seqüência de acordo com a velocidade. Com a mão direita na liderança, a seqüência de pisadas é a seguinte: pé esquerdo, pé direito, mão esquerda, mão direita, ao que se segue um período de suspensão total, em que todos os pés estão no ar.
     Um puro-sangue inglês galopa a 48 km/h ou mais.



sexta-feira, 8 de julho de 2011

O Cavalo

Morfologia do Cavalo

O cavalo é um animal onde se conjugam a estrutura e a função. O seu corpo é adaptado para a velocidade e para a grande dimensão, e é esta combinação que nos ajuda a compreender a sua estrutura.
Os seus membros são especializados, têm um número de dedos muito reduzido, e são acompanhados pela perda dos músculos - os que permitem a outros animais agarrar objectos.
O cavalo apenas move os membros para a frente e para trás o que lhe dá excelentes meios de propulsão. A força de que necessita é dada por músculos muito desenvolvidos que estão ligados aos ossos das coxas, tronco e antebraços.







O esqueleto

O cavalo é constituído por cerca de 210 ossos (não tendo em conta os da cauda). O esqueleto tem como função suportar os músculos e os órgãos internos mas dá também mobilidade suficiente, devido às articulações, para que o animal se deite, paste e se desloque a diversas velocidades. As articulações são formadas por ossos, que são cobertos por cartilagem e são ainda constituídas por uma cápsula que produz um lubrificante sinovial e por ligamentos que seguram os ossos.
No cavalo o esqueleto adapta a sua estrutura aos seus requisitos por exemplo: crânio alongado dá espaço para os dentes enquanto que as órbitas estão posicionadas de maneira a que o ângulo de visão do cavalo seja amplo, podendo este animal aperceber-se dos perigos durante a pastagem.





A pele

A pele do cavalo possui três camadas:
Camada celular, que têm a capacidade de, à medida que a sua superfície se desgasta, se auto-reparar;
Camada sub-epitélial em que se encontram os sensores da dor e outras estruturas sensitivas e que alimenta a camada superficial;
Camada sub-dérmica que tem como função isolar a pele do osso ou do músculo que fica por baixo dela e onde se situam os folículos capilares.
O sebo, substância gordurosa, é segregado por glândulas sudoríperas que se encontra na pele e permite a formação de uma camada impermeável que protege o cavalo da humidade e do frio.

Características dos cavalos

"Cavalo" (do latim caballus), é um mamífero ungulado de grande porte. Portador de uma cauda vertebral muito curta, mas prolongada por longos pêlos, o cavalo é reconhecido também pelas orelhas curtas, eretas, e a crina pendente. A dentição apresenta longos incisivos, cujo grau de desgaste indica a idade do animal, e grandes molares.
Um grande casco envolve totalmente a última falange do único dedo em que termina cada membro, esse casco chega a pesar até 500 g. O cavalo é herbívoro, granívero e corredor, e não tem outra arma além dos cascos, sua rapidez e fuga evita muitas vezes os confrontos. A fêmea (égua) tem um filho (potro ou poldro) por gestação, e essa gestação dura 11 meses.



Cavalo
Cavalo




Evolução

A evolução do cavalo foi marcada pelo aumento de tamanho, a redução e, depois, o desaparecimento dos dedos laterais, ao mesmo tempo que ocorreu o crescimento do dedo médio, a molarização dos pré-molares e o desaparecimento dos caninos.

História

A domesticação dos cavalos foi muito importante para o desenvolvimento das civilizações asiáticas e européias. Isso ocorreu a 3 mil anos atrás.
Na Europa Ocidental, até a Idade Média, a posse e o uso do cavalo eram exclusivos da casta aristocrática dos cavaleiros, que o empregava na guerra, no jogo e na ostentação social. Além de seu emprego militar (cavalaria), o cavalo foi usado como animal de carga e de sela, como animal de atrelamento (carroça, charrete, barco, trenó, máquina agrícola), para bater cereais ou para a movimentação de mecanismos destinados a moer (moinho de farinha, extrator de óleo, amassador de frutas), bater os grãos ou elevar a água (nora).
No séc. XIX, a modernização da agricultura, o desenvolvimento da mecanização e o melhoramento dos transportes provocaram uma procura crescente do cavalo. A criação se organizou para responder a essa procura. As grandes raças de prestígio começaram a individualizar-se sob a dupla tutela dos haras e das autoridades agrícolas.
Os cavalos aumentaram de peso e tamanho, mas conservaram em geral sua aptidão para o deslocamento rápido, pois muitos deviam puxar, em grande velocidade, cargas cada vez mais pesadas. O cavalo foi empregado em diversos trabalhos, nas mais diversas condições, às vezes, muito duras. Porém, com bom trato, o cavalo provou ter boa adaptabilidade ao trabalho.
No Brasil, o cavalo começou a substituir o boi na aração e nos transportes no séc. XVIII e vem sendo substituído pelos meios mecânicos.

Raças brasileiras

As principais raças brasileiras são o comum, descendente do berbere (Minas, Nordeste e Rio Grande do Sul); o Guarapuara ou Guarapuavano (Santa Catarina, Paraná e São Paulo); o Mangalarga paulista, o Mangalarga mineiro e Mangalarga Marchador (este em Minas); o Pantaneiro (fixado no Pantanal há três séculos); o Crioulo (Rio Grande do Sul); o Campeiro (Santa Catarina) e o Nordestino. O rebanho brasileiro é calculado em 5,4 milhões de cabeças (1984).

Curiosidade

O Cavalo pode viver em média 25 anos, porém, foi registrado um cavalo com 40 anos.
O cavalo de corrida chega a correr até 68 km/h.


quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Cavalo Campolina

Campolina é uma raça de cavalos de sela (destinado a marcha e passeio) brasileira, junto ao Mangalarga marchador uma das mais importantes criadas neste país. É, ainda, uma das mais antigas, posto que sua conformação data do século XIX.
Seu nome deriva do apelido de família do seu criador, Cassiano Campolina.

Origem do nome

O primeiro Campolina do qual se tem notícia, no Brasil, foi o português Manuel Antônio da Silva Campolina que em seu país de origem tinha o sobrenome grafado "Campelina". Seus registros no Brasil remontam ao século XVIII.
Segundo o pesquisador Pedro Miguel, a família descende do abade Afonso Vilela da Silva, que teve filhos com Isabel de Bouro. Seria oriundo da freguesia de Coucieiro, no concelho de Vila Verde, a noroeste de Braga, em Portugal.
Um dos seus filhos, Geraldo da Silva teria sido tabelião que gerou a Pedro da Silva, almocreve e vendeiro, na freguesia de Germil, concelho de Ponte da Barca. Manuel da Silva, seu filho, foi o primeiro a receber a alcunha de "O Campelina" (ou já Campolina)
No Brasil, Manuel Antônio da Silva Campolina foi agricultor e constituiu tropa de burros, participando da comercialização de produtos, tendo ficado "...abundante de bens..." conforme descrito em seu testamento, localizado no Museu Regional de São João del-Rei, estado de Minas Gerais.
Seu descendente Cassiano Campolina, foi o criador de uma raça de cavalos a qual, depois de sua morte, recebeu o nome de Campolina e, com a incrementação do plantel, feito pelos novos proprietários de sua criação, obteve reconhecimento e espalhou-se pelo país.

O cavalo campolina

Tendo por mais de trinta anos realizado o trabalho de seleção, Cassiano Campolina faleceu em 1909, e seu trabalho resultou na denominação deste animal que, de Entre Rios de Minas, ganhou paulatinamente reconhecimento e espalhou-se pelo país.
O trabalho de Campolina foi complementado, dentre outros, por Joaquim Resende, num trabalho que durou mais de setente anos, usando as matrizes originais de animais crioulos, e promovendo novos cruzamentos com animais marchadores e, finalmente, com puro-sangue inglês.

Padrões da raça

Foram estabelecidos pela Associação Nacional dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCCC), fundada em 1951. A partir de 31 de dezembro de 1966 o registro dos animais passou a ser feito em livro fechado - expressão que denota a limitação e seriedade do registo.



Raça formada em Minas Gerais no Brasil, por Cassiano Campolina, a partir do garanhão Monarca, filho de uma égua cruzada com o garanhão Puro Sangue Andaluz-Lusitano da Coudelaria Real de Alter, pertencente ao criatório de D. Pedro II. Os descendentes de Monarca sofreram a infusão de sangue Percherão, Orloff e Oldenburguer e mais tarde do Mangalarga Marchador e Puro Sangue Inglês.

Características

Cavalo de bom porte com altura média de 1.55m, cabeça com fronte ampla, perfil retilíneo ou subconvexo, orelhas de tamanho médio, olhos médios, narinas elípticas, pescoço forte e rodado em sua linha superior, o peito amplo, dorso e lombo médios, garupa levemente inclinada com saída de cauda não muito alta, sendo admitidas todas as pelagens. Membros fortes, geralmente com posteriores atrasados, seus andamentos são a marcha batida ou picada com tríplice apoio.







Origem

O Cavalo Árabe

HISTÓRIA

Numerosas opiniões, atribuem sua origem às raças Kochlani e Koclane ou Kailhan; e isto remonta há mais de 2.200 anos. Nesta época, impérios militares, Caldeus, Persas, Hititas e Assírios; em permanente tentativa de expansão entravam em freqüentes lutas com os beduínos. Com a decadência desses impérios militares, seus cavalos eram capturados pelos beduínos que já percebiam seu potencial, procedentes dos férteis campos de alfafa da Ásia central.
Assim, os cavalos de guerra se missigenaram com os selvagens árabes através dos séculos, formando as manadas dos beduínos, que imigravam constantemente em busca de alimento. Estes séculos de migração e muita liberdade, causaram a transformação pela necessidade de adaptação às privações e clima desértico, foi a forja das características básicas do Puro Sangue Árabe.
O aperfeiçoamento da raça ocorreu em férteis planaltos da península arábica, quando ali se desenvolveram por bom tempo.
A partir do século XIII sultões turcos que dominavam o Egito e grande parte de áreas cruciais de comércio entre o ocidente e oriente; e tendo contato com estas montarias formidáveis; incentivaram a sua importação para estabelecerem o sangue em seus centros de criação; e assim os cavalos árabes foram espalhando-se pelo mundo.
Dentre as criações da raça, que se ramificaram, são significativas, a Egípcia, a Polonesa, a Inglesa, a Russa e a Americana.
Na Polônia, a criação foi iniciada em 1.502, pelo príncipe Sangusco, que formou o Haras Slawuta, com animais trazidos diretamente das tribos beduínas. Em 1914, havia um plantel de mais de 450 animais, e por ocasião da 1ª guerra mundial, todo este patrimônio genético, foi perdido.
No período entre-guerras, retomou-se a criação, porém com a 2ª guerra mundial, todo o plantel foi novamente dizimado, restando poucos exemplares. A partir de então, a criação foi realizada a cargo de haras estatais, como ocorre até os dias de hoje, onde apresenta-se com um plantel de matrizes de excepcionais qualidades, fazendo da criação do cavalo árabe Polonês, um orgulho nacional.
Na Inglaterra, desde o ano de 1.200, cavalos orientais eram levados apenas para cruzamento com ;éguas britânicas e durante estes 3 séculos, formou-se e estabeleceu-se a raça Puro sangue Inglês.
Por volta de 1610, vieram mais éguas e garanhões das regiões do deserto, e em 1700, formou-se o 1º Stud de sangue oriental. Novas incursões à Arábia, foram feitas em busca de novos produtos que aperfeiçoassem o criatório Árabe inglês; e por assimilarem os costumes dos beduínos, decidiram não mais miscigená-los, e em 1881 fundaram o primeiro Stud do Sheikh Obeyd no Cairo, que posteriormente foi removido para Sussex, onde fundou-se o tradicional Crabbet Park.
Na Rússia, país de enormes batalhas, o conde Alexis Orloff, ganhou um plantel do sultão da Turquia e um haras de Puro Sangue Árabe em Chrenowje em 1788. Em 1889, um grande haras foi montado pelo príncipe Scherbatov e o conde Strogonoff. Em 1937 visitaram o Crabbet Park na Inglaterra e adquiriram 24 animais que se tornaram fundamentais na história da criação do cavalo Árabe na Rússia; somada também a uma importação durante a IIª guerra mundial, em 1939 da Polônia. Assim define-se que o impulso à criação moderna Russa do cavalo Árabe, ocorreu através da combinação de linhagens da Polônia e do Crabbet Park, na Inglaterra; e posteriormente, com a inclusão da linhagem Egípcia.
No Egito, durante o reinado de 1290 a 1340 do rei El Naser Moahmedibn Kalaoun, houve o estabelecimento de grandes haras. Ao morrer, os egípcios possuíam mais de 3000 animais da mais alta qualidade. Em 1815 Ibrahim Pasha, filho do rei Mohamed Ali, é enviado á arábia e volta ao Egito com um seleto lote de animais, objetivando a melhoria do plantel de seu pai. Em 1836, Abbas Pasha, neto de Mohamed Ali, torna-se o vice-rei do Egito e passa a comprar os mais belos e extraordinários cavalos do deserto e constrói o famoso haras Dar El Bayda. Assassinado em 1854, seu plantel foi vendido por seu filho, a Ali Pasha Sherif. No começo do século XX os cavalos Egípcios estavam quase em extinção, necessitando em 1908, a formação de um grupo para reorganizar as criações e em 1920, importaram do Crabbet Park, 20 cavalos, e em 1942, surge no Egito, o grande haras , Hamdan Stables.
O rei Farouk reergue a criação Egípcia, fundando o haras Kafr Farouk e a partir daí o cavalo Árabe egípcio passa a fazer sucesso no mundo. Nos EUA, a 1ª importação ocorreu em 1730, em 1849, o sultão da Turquia, presenteia o então presidente Grant com 2 reprodutores de alta qualidade. No final do século XIX outra importação foi apresentada na feira mundial de Chicago, e em 1903, já seduzidos pelo cavalo Puro sangue Árabe, novas importações sucederam-se constantemente. Devido ao alto poder aquisitivo, o empenho e a paixão pelo cavalo, pode-se dizer que os EUA possuem atualmente um dos melhores planteis da cavalo Árabe no mundo.
No Brasil, de 1930 a 1950, a raça foi introduzida no país, através de importações efetuadas do Uruguai, para incrementar a sua cavalaria, concentrada no Rio Grande do Sul. Após a fundação da Associação Brasileira da Raça (ABCCA), Aloysio Faria, deu impulso a criação nacional, com as primeira importações de grande porte e qualidade, e assim, em 1979, realizava-se o 1º leilão do cavalo Árabe no Brasil. De 1982 a 1984, as importações cresceram e a procura sempre maior que a produção , elevaram sobremaneira o preço de mercado do cavalo Árabe, tal, foi o sucesso da comercialização efetuada pelo criador Nagib Audi. Com o tempo, e os tropeços na nossa economia, e o aumento da produção, as importações foram reduzidas; os compradores tornaram-se mais exigentes em busca da qualidade, e os animais brasileiros passaram a fazer sucesso no exterior, principalmente nos EUA, para onde seguidas exportações vem sendo efetuadas, respaldadas pelos significativos sucessos que animais brasileiros vem alcançando nas exposições norte americanas; o que por si só, atesta a real qualidade do plantel nacional do cavalo Árabe.
O cavalo Árabe, por ser considerado quase uma sub-espécie de equino, e não uma raça, participou da formação de várias raças, entre elas, o Puro Sangue Inglês, Orloff, Cavalo de sela Francês, Álter, Trackener, Hanoveriano e o Quarter Horse, entre os mais conhecidos. Até hoje, é ainda utilizado, para melhorar raças, conferindo-lhes refinamento, resistência, inteligência e outras qualidades mais.
O cavalo Árabe, é capaz de resistir a prolongados períodos de trabalho, com o mínimo de cuidado e alimentação; qualidades estas que podem ser atestadas em competições de longo percurso nos Estados Unidos e Europa.




CARACTERÍSTICAS GERAIS

Muitas das características do cavalo Árabe, resultam de sua adaptação ao deserto, e com certeza,de aspectos de sua conformação primitiva, que foram privilegiados , selecionados e desenvolvidos com grande sabedoria pelos beduínos. Isso foi realizado com tal maestria através dos conceitos e ensinamentos passados de geração para geração, durante milênios; que nenhum hipólogo ou compêndio sobre eqüinos, se recusa ou titubeia em afirmar de que o cavalo Puro Sangue Árabe é o mais perfeito animal e o verdadeiro protótipo do cavalo de sela.









NARINAS

Estas se dilatam quando corre, ou está excitado, proporcionando grande captação de ar. Normalmente encontram-se semi cerradas, reduzindo a entrada de poeira durante a respiração, nos climas mais secos do deserto.

CARREGAMENTO DE CABEÇA

Naturalmente é mais alto que o de qualquer outra raça, especialmente, especialmente ao galope. Este alto carregamento facilita a entrada de ar através da abertura das flexíveis narinas e alongamento da traquéia. É comprovado que cavalos Árabes possuem maior número de células vermelhas que outras raças, o que pode indicar que utiliza o oxigênio mais eficientemente.

PELE

A pele negra, por debaixo dos pelos, é visível, devido a delicadeza ou ausência de pelos em torno dos olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos, reduz o reflexo da luz do sol e também protege contra eventuais queimaduras. A fina pele do cavalo Árabe proporciona uma rápida evaporação do suor, resfriando o cavalo mais rapidamente.

IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA

As veias que se tornam visíveis ao saltarem à flor da pele quando o cavalo Árabe enfrenta um grande esforço físico, em contato com o ar, resfriam rapidamente a circulação sangüínea, proporcionando maior conforto em longas caminhadas.

CRINA

Os pelos são normalmente longos e finos protegendo a cabeça e o pescoço da ação direta do sol; o longo topete na testa protege os olhos do reflexo do sol e da poeira.

FOCINHO

O pequeno e cônico focinho, deve ser creditado à sua herança do deserto. A escassez de alimentos o fez com os tempos, reduzir para o tamanho e formato atual. Enquanto seguiam suas longas jornadas, pastoreavam esporadicamente, comendo poucos chumaços de grama e ervas.

ESTRUTURA ÓSSEA

É fato que muitos cavalos Árabes, possuem apenas 5 vértebras lombares, diferentes das 6 comuns em outras raças. Essa vértebra a menos, explica o pequeno lombo e a resultante habilidade em carregar grandes pesos proporcionalmente ao seu tamanho. No entanto, modernas autoridades do cavalo Árabe, afirmam que não são todos os exemplares que possuem 5 vértebras.

CARREGAMENTO DE CAUDA

O alto e natural carregamento de cauda, é resultado da sua singular estrutura óssea, a primeira vértebra que se liga á parte interna da garupa, ;e levemente inclinada para cima, ao contrário de outras raças, que se inclina para baixo.





RESISTÊNCIA

Serviam aos beduínos os quais eram nômades, portanto percorriam grandes distâncias, e até guerreavam em terreno que exigia muito da sua condição física ( força, rapidez e resistência).
Tarik Benziad, em 711, cruzou o mediterrâneo com sete mil cavaleiros, parte deles nas barcas de Julião, e parte nadando até Gebel Tarik(de onde origina-se Gibraltar), e ali, na batalha de "Guadalete" de 19 a 25 de Julho, derrotou trinta mil homens que Frederico lhe impôs.
Em 713 o Islã já havia passado os Pirineus, e segundo historiadores da época, nada poderia deter os infiéis, que cavalgavam "cavalos de fogo que não cansavam nunca"(Antologia de textos medievais-Espinosa). Bucéfalo, o cavalo Árabe de Alexandre Magno(já referido no informativo anterior), levou o conquistador desde Pella na Macedonia, até Indo , nas fronteiras do Afeganistão.
Napoleão, gostava de cavalos Árabes, e de preferência, tordilhos; seus mais célebres animais foram MARENGO e VIZIR. VIZIR era um cavalo Árabe presenteado ao imperador Napoleão, pelo Sultão do Egito em 1808; era tordilho de origem alazão, e sua crina permaneceu alazã, até a sua morte em 1826; sua altura era de apenas 1,35m, VIZIR, foi levado para o exílio na ilha de Santa Helena, pelo imperador, e após a morte deste, VIZIR retornou à França, ficando aos cuidados de um criador de Boulogne Sur Mer que já havia alojado VIZIR durante o exílio temporário de Napoleão na ilha de Elba. VIZIR, o pequeno cavalo de Napoleão, levou-o de Paris, via Varsóvia e Wilno, até Moscou em 1812, e na grande retirada, com 60 graus abaixo de zero, trouxe o imperador a salvo, sendo que no passo de Berezina, galopou durante 16 horas. Este cavalo Árabe, símbolo de resistência, ainda com 19 anos, marchava em Paris, uma média de 10 horas por dia. Ao morrer, o criador o qual o tinha a seus cuidados, mandou empalhar VIZIR que acabou sendo adquirido por um Inglês, tendo sido levado para a Inglaterra, para posteriormente ser devolvido à França, encontrando-se atualmente no museu do exército, em Paris. O esqueleto de MARENGO encontra-se no Museu Nacional do exército em Londres.
Em 1955, o general Trevis, comandante da cavalaria norte-americana, instituiu uma prova para testar a resistência das raças eqüinas. Esta prova realizada sem interrupção, consiste em uma corrida de 160km, iniciando-se em Taboa City (1.920m de altitude) e terminando em Auburn (150m de altitude). Com exceção dos anos de 1959 e 1960, todas as provas foram vencidas por cavalos Árabes ou seus mestiços(cruza), e em 1977, a recordista, foi uma égua Árabe de nome BLAZE, que apesar dos seus 15 anos de idade, fez os 160 km em 9 horas e 29 minutos. No Brasil, em 1979, em uma prova de resistência, em Campos do Jordão, participaram cavalos de várias raças, e a referida prova foi vencida por NEDJED, garanhão Árabe que percorreu o percurso de 56km no tempo de 50 minutos na ida e 55 minutos na volta(fonte: revista Hippus-artigo de Silveira Neto).

INTELIGÊNCIA

Em face das constantes guerras, os beduínos não tinham tempo disponível para seu treinamento mais longo, adequado; mas a sua capacidade de aprendizado superava estas deficiências de seus donos. Cita-se a lenda sobre a inteligência do cavalo Árabe; em que um Sheik que possuía aproximadamente 200 reprodutoras; resolveu fazer uma experiência para uma futura seleção de seu plantel.
Durante um certo período, condicionou todas as suas 200 reprodutoras a obedecerem o toque de trombetas como ordem de recolher diariamente como de costume. Após este perfeito condicionamento; deixou estas 200 reprodutoras presas durante 5 dias aproximadamente, sem tomar água; e no 6º dia, o Sheik ordenou que as reprodutoras fossem soltas para irem beber água no riacho existente nas proximidades do haras; quando todas as reprodutoras estavam na metade do caminho ,ordenou que tocassem as trombetas e somente 20 reprodutoras retornaram ao seu alojamento, como de costume.
Então, o Sheik descartou todas as outras matrizes e iniciou uma nova criação com estas 20 reprodutoras que obedeceram ao toque das trombetas.

Altura

Entre 1,47 e 1,57m.

Cores

Tordilho, castanho, alazão, preto.

Usos

Sela, corridas, saltos de obstáculos, lida do gado, lazer e circo.







quarta-feira, 6 de julho de 2011

Quarto de Milha

                              O Cavalo Quarto de Milha

A raça Quarto de Milha foi a primeira a ser desenvolvida na América, por volta do ano de 1600. Os primeiros animais que a originaram foram trazidos da Arábia e Turquia à América do Norte pelos exploradores e comerciantes espanhóis. Os garanhões escolhidos eram cruzados com éguas que vieram da Inglaterra, em 1611. O cruzamento produziu cavalos compactos, com músculos fortes, podendo correr distâncias curtas mais rapidamente do que nenhuma outra raça. Com a lida no campo, na desbravação do Oeste Norte-americano, o cavalo foi se especializando no trabalho com o gado, puxando carroças, levando crianças à escola. Nos finais de semana, os colonizadores divertiam-se, promovendo corridas nas ruas das vilas e pelas estradas dos campos, perto das plantações, com distâncias de um quarto de milha (402 metros), originando o nome do cavalo.
Com o passar do tempo, essa mania virou parte integrante na vida dos criadores. Preocupados com a preservação da raça, registros e dados dos cavalos, um grupo de criadores norte-americanos e da República Mexicana resolveram fundar, em 15 de março de 1940, a American Quarter Horse Association (AQHA), em College Station, Texas.
No ano seguinte, foi registrado o primeiro eqüino pela associação norte-americana: Wimpy (Solis x Panda), nascido na King Ranch (Kingsville, Texas) em 1937, morrendo em agosto de 1959

A Origem da Raça

Wimpy, precursor da raça
No ano de 1946, a AQHA se transferiu para Amarillo, Texas, onde se encontra até hoje, tornando-se a maior associação de criadores do mundo, com cerca de 305 mil sócios e mais de 2,96 milhões de cavalos registrados

Quarto de Milha no Brasil

Tudo começou em 1955, quando a Swift-King Ranch (SKR) importou seis animais dos Estados Unidos para o Brasil. Entre eles, veio Saltilo Jr, com a finalidade de melhorar os animais das fazendas que a empresa possuía no Estado de São Paulo. Posteriormente, a SKR importou mais seis animais, com a mesma finalidade, sempre de sua matriz norte-americana, a famosa King Ranch, no Texas, a maior fazenda dos EUA.
À medida que vários pecuaristas, banqueiros e homens de negócios tiveram a oportunidade de conhecer os animais Quarto de Milha, começaram a pressionar a SKR para que lhes vendessem alguns exemplares. A companhia atendeu a poucos criadores, vendendo um número reduzido de potros. Entre os primeiros compradores, estavam Washington Junqueira Franco, Carlos Eduardo Quartim Barbosa, José Oswaldo Junqueira e Francisco Carlos Furquim Correia, de Araçatuba (SP), o grande divulgador inicial da raça.
A pressão dos interessados aumentou muito junto à SKR. Até que, em maio de 1968,em Presidente Prudente, a Companhia realizou seu primeiro leilão, levando a remate, sob o martelo de Trajano Silva, quatro potros puros e sete mestiços. Os puros leiloados foram: Clarim Brasil, Barravento, Comandante Brasil e Cacareco Brasil, adquiridos respectivamente por Francisco C. Furquim Correia, José Macário Perez Pria, Roberto Reichert e Heraldo Pessoa. O remate foi um sucesso e o marco inicial da disseminação da raça no Brasil.
Em 15 de agosto de 1969, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), no Parque da Água Branca, em São Paulo, mas a sede foi transferida para Bauru, no escritório de Heraldo Pessoa, sendo o primeiro presidente José Eugenio Resende Barbosa.
O primeiro animal registrado na ABQM foi Caracolito, nascido em 10 de março de 1957, no Texas (EUA), filho de Caracol, por Wimpy. Importado pela Swift King Ranch, serviu 9 éguas na temporada e 139 em toda a sua vida reprodutiva, gerando produtos puros e mestiços, morrendo em 17 de setembro de 1974.


                                 História do Quarto de Milha

O quarto de milha é o primeiro de todos os cavalos americanos de raça, é tido como "o mais popular do mundo". Mais de três milhões estão registrados na American Quarter Horse Association, fundada em Fort Worth em 1941.
Usualmente é harmoniosoamente troncudo, emsmo quando especializado em corridas. A cabeçaé ampla com orelhas pequenas e focinho estreito, após ganachas bastante largas. Não é recomendável que tenha a cernelha proeminente. Sua grande característica é a potência dos quartos traseiros, como glúteos fortemente desenvolvidos sobre a garupa. Esta raça foi desenvolvida pelos norte-americanos para a lida nos tempos da colonização e que se tornou excelente carreirista para distâncias curtas além da inteligência e destreza para provas funcionais.
A origem do seu nome - Quarto de Milha - vem do fato dos vaqueiros, no término do seu trabalho, iam divertir-se sempre nas pequenas cidades e organizavam corridas de cavalo pelas ruas principais, que, naquele tempo, tinham em média dois quarteirões, isto é, uns 400 m de comprimento... Na realidade, a musculatura do animal é própria para uma violenta explosão de velocidade, mas por pouca duração,sendo adequada ou para as corridas curtas ou para a agilidade e equilíbrio demonstrados em provas de balizas e tambores.









































Crina

Crina do cavalo!!!Importância!!!

Para que serve a CRINA do cavalo, esse pelo que cai ao longo do seu torso e tb a franja, o rabo do cavalo, o pelo dentro da orelha.

A CRINA - Tem o pelo impermeabilizante, quando CHOVE é a proteção dele, a chuvai cai, mas a água escorre pela crina para proteger seus PULMÕES, quanto maior melhor, se alguem tiver oportunidade, passe a mão em um cavalo molhado ou no pelo da crina vcs vão sentir a diferença, mas para as malditas carroças , charretes e algumas montarias o HUMANO vai é corta a CRINA tirando sua proteção.

OS PELOS DA ORELHA, quando chove tb protege os ouvidos para não cair água e principalmente não entrar bichos, tipo carrapato etc.

O RABO DO CAVALO - Reparem que está sempre em movimento, é como se fosse um espanador para espantar moscas , insetos.

O que o PREDADOR ( HUMANOS) dos cavalos fazem, CORTAM crina tirando toda sua proteção, aparam os pelos das orelhas e tem outros que cortam seu rabo, deixando-os totalmente sem suas defesas!!!

O PREDADOR DO CAVALO É O BICHO HOMEM!!
Então se ele está sem sua proteção É COLOCADO A CAPA para proteger da chuva, então a ONG que mandou tirar a CAPA dos cavalos que puxam charretes, cometeu o que???

Que falta de humildade, porque não perguntou a alguem, um vet, um dono de haras, ou se acha tão conhecedora do assunto, passando por cima de tudo e colocando em risco a vida do animal que já é um escravo das carroças e charretes.

A foto é ilustrativa.

Eu não consigo entender esse comportamento CRUEL!!

Os cavalos são amigos , não são predadores, são humilhados, tão humilhados, maltratados e por tantas vezes SALVAM VIDAS!!

terça-feira, 5 de julho de 2011

A Sela


Escolha sua Sela.


A Importância da sela para o cavaleiro e o reflexo da sua utilização para o cavalo.
Modelos de selas, há tantos quanto modalidades eqüestres.
Escolher o modelo mais adequado para cada gosto e finalidade pode ser fácil:
Quando acabamos ficando com aquela que "todo mundo usa",numa hípica ou entre os praticantes de determinado esporte. Pode ser fácil, quando compramos nosso primeiro cavalo e nos vemos meios confusos com a diversidade de modelos que existem até mesmo numa loja agropecuária, quanto mais numa selaria especializada. Entretanto, a escolha é bem facilitada quando, antes de preço, modismo ou aparências pensarmos numa definição simples: "toda sela tem que ser confortável para o cavalo tanto quanto para o cavaleiro, adaptando-se à anatomia de ambos de modo a permitir ao cavalo liberdade de movimentos sem dor, e ao cavaleiro manter-se equilibrado com o mínimo dispêndio de força".
Ora, a utilização do cavalo como animal de sela é muito anterior à invenção da sela. O famoso tratado sobre equitação redigido pelo general grego Xenofonte por volta de 200 a.c já descrevia uma equitação bastante avançada, porém na qual se montava em pêlo, no máximo sobre mantas finas, porém sempre sem estribos.